Relações entre lexicografia e neologia: Critérios para a introdução de neologismos em dicionários online do português brasileiro

Autores/as

  • Ieda Maria Alves Universidade de São Paulo
  • Bruno Oliveira Maroneze Universidade Federal da Grande Dourados

DOI:

https://doi.org/10.56683/rs251141

Palabras clave:

neología, neologismo, diccionario, lexicografía

Resumen

Neste trabalho, procuramos verificar a inserção de um conjunto de neologismos em cinco dos mais importantes dicionários online do português brasileiro contemporâneo. Para essa análise, selecionamos neologismos que se difundiram no português brasileiro a partir da década de 1990, neologismos esses que consideramos representativos do período histórico estudado e que são ainda empregados contemporaneamente. Três dessas obras constituem versões online de dicionários previamente publicados em papel, considerados bastante representativos do português brasileiro: o Grande Dicionário Houaiss, o Dicionário Caldas Aulete e o Dicionário Michaelis. Outras duas obras apresentam apenas versões online e constituem trabalhos mais recentes, de menor tradição: o Dicionário inFormal (obra inteiramente redigida por usuários) e o Dicio.com.br. Para cada um dos dicionários analisados, verificamos a presença dos neologismos hiperinflação (e derivados), tucano (e derivados), peessedebismo/peessedebista, petismo/petista, fake e fake news (estes últimos de difusão mais recente no Brasil), bem como a inserção de elementos morfológicos formadores de neologismos (o prefixo super- e os sufixos -ismo e -ista). Os resultados indicam que os dicionários com correspondente versão impressa aparentam ser mais criteriosos na inserção de neologismos; já os dicionários inteiramente online introduzem quantitativamente mais neologismos, embora pareçam menos rigorosos em seus critérios. Destacamos também que, para a inclusão de um neologismo nos dicionários, o critério da frequência deve ser aliado ao critério da sua relevância histórico-social.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Alves, I. M. (2007). O formante super- no português brasileiro: a supertrajetória de um prefixo. Em: L. Lopes Fávero, N. Barbosa Bastos, S. Cristina Marchesi (Orgs.), Língua Portuguesa. Pesquisa e ensino (pp. 51-62). Editora PUCSP EDUC.

Bernal, E.; Freixa, J. e Torner, S. (2020). Criterios para la diccionarización de neologismos: de la teoría a la práctica. Revista Signos, 53 (104). https://www.scielo.cl/scielo.php?pid=S071809342020000300592&script=sci_arttext_plus&tlng=es.

Boulanger, J.-C. (1986). La néologie et l’aménagement linguistique du Québec. Language Problems and Language Planning, 10 (1). https://boulanger.recherche.usherbrooke.ca/document-articleboulanger_1986a.

Jacquet-Pfau, C. e Kacprzak, A. (2022). De quelques mots-témoins d’une pandémie: les représentations du Covid-19 en français et en polonais. Repères DoRiF, 25. https://www.dorif.it/reperes/christine-jacquet-pfau-alicja-kacprzak-de-quelques-mots-temoins-dune-pandemie-lesrepresentations-du-covid-19-en-francais-et-en-polonais/.

Sánchez Manzanares, C. (2013). Valor neológico y criterios lexicográficos para la sanción y censura de neologismos en el diccionario general. Sintagma: revista de linguística, 25. https://raco.cat/index.php/Sintagma/index.

Matoré, G. (1953). La méthode en lexicologie. Didier.

Maurer Jr., T. H. (1951). A unidade da România Ocidental. Boletim de Filologia Românica, 126 (2).

Rio-Torto, G. M. (1987). Estruturas léxicas de intensificação no português contemporâneo. En CONGRESSO SOBRE A SITUAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA NO MUNDO, 2, Lisboa, 1983. Actas. Instituto de Cultura e Língua Portuguesa. p. 87-113.

Publicado

2025-03-25

Cómo citar

Alves, I. M., & Oliveira Maroneze, B. (2025). Relações entre lexicografia e neologia: Critérios para a introdução de neologismos em dicionários online do português brasileiro. RASAL Lingüística, (1), 131–153. https://doi.org/10.56683/rs251141

Número

Sección

Dossier